sexta-feira, 30 de julho de 2010

Nós estamos cumprindo nossas responsabilidades como fisioterapeutas diagnósticos?

Are Physical Therapists fulfilling their Responsibilities as Diagnosticians?
Nós estamos cumprindo nossas responsabilidades como fisioterapeutas diagnósticos?

O que significa diagnóstico cinético funcional?

É o diagnóstico realizado pelo fisioterapeuta, é baseado na função do movimento, ou seja, somos responsáveis por avaliar e corrigir o movimento.

Devemos avaliar como o movimento do paciente está afetando os tecidos moles, seja uma restrição articular, um espasmo muscular, uma instabilidade articular, causando os sintomas pelo qual ele foi encaminhado a fisioterapia. 

Mas será que estamos fazendo isso?

Eu ainda observo muita gente tratando síndromes de impacto, hérnias de disco, ou bursites. Nós NÃO tratamos essas patologias, o médico as trata, com antiinflamatórios, analgésicos, relaxantes musculares... Nós tratamos a disfunção do movimento que está causando os sintomas, ou seja causando as bursites, tendinites, a dor da hérnia de disco e etc.

Vou apresentar uma analogia -
Vamos supor que entre uma farpa no seu dedo. Dói e inflama. Você vai ao médico e ele te prescreve um antiinflamatório e analgésico. Mas enquanto você não retirar a farpa do dedo, ele não vai parar de doer!
Ou seja, não adianta tratar os sintomas se a origem deles persiste.

Este é o momento para demonstrar o papel inestimável que nós temos em praticar eficiente e segura assistência médica, diagnosticando competentemente disfunções do movimento. Não tratar um sintoma.

É claro que a eletrotermofototerapia é importante e auxilia o tratamento, mas não deve de forma alguma ser considerado o foco do tratamento.

Eu também não estou encorajando ninguém a sugerir que seu paciente pare de tomar o medicamento. O medicamento facilita nosso trabalho, auxiliando no processo de alta desse paciente. Devemos trabalhar em parceria com o médico, pois o trabalho dele facilita e otimiza o nosso. O único beneficiado é o paciente.

Por exemplo: eu recebi um atleta com o diagnóstico de tendinopatia da porção longa do bíceps. Esse é o diagnóstico clínico. Este diagnóstico deveria servir essencialmente para sabermos qual/quais estruturas estão sendo irritadas pela disfunção de movimento que o paciente apresenta e ajudar a nos guiar durante a avaliação. Este atleta já estava medicado.

No exame físico foi observado: escápula em ligeira abdução, rotação inferior e inclinada anteriormente (pseudo-alada), dor na articulação esterno-clavicular, dor a palpação no tendão da porção longa do bíceps, nos músculos infra e supra espinal, trapézio parte descendente e nos rombóides. Apresentava dor aos movimentos de flexão, extensão e adução horizontal do ombro a 90º de flexão com abdução de escápula (movimento que o atleta realiza para remar), após avaliação do movimento da escápula, da mobilidade da articulação glenoumeral, das articulações acrômio e esterno-clavicular e do teste de força muscular, foi realizado um teste corretivo, reposicionando a escápula em rotação superior e inclinação posterior, requisitei ao mesmo que realizasse os mesmos movimentos sintomáticos. Os movimentos foram completos e indolores. Pedi então ao atleta que palpasse a região anterior do ombro onde ele relatava dor, a mesma também se apresentava indolor.

Diagnóstico cinético funcional: síndrome de rotação inferior da escápula.
Ao posicionar a escápula adequadamente, o úmero foi posicionado corretamente na fossa glenóide, parando de "irritar" o tendão da porção longa do bíceps, assim como os músculos antes estirados pelo posicionamento da escápula, passaram a "repousar" mais confortavelmente (os rombóides, o trapézio e os rotadores laterais do ombro).  

Objetivos de tratamento: melhorar o posicionamento da escápula em repouso e melhorar o controle motor da escápula durante os movimentos de ombro.

Tratamento utilizado - Alongamento ativo dos músculos rotadores inferiores da escápula, do peitoral menor que provoca inclinação anterior da escápula deixando-a pseudo-alada (apenas o ângulo inferior descolado da caixa torácica), MWM do movimento sintomático, com facilitação manual da rotação escapular, exercícios de fortalecimento para o serrátil anterior e para o trapézio parte descendente, que realizam a rotação superior da escápula, além de exercícios de fortalecimento para os rotadores laterais de ombro e adutores da escápula, que se apresentavam fracos e doloridos a palpação. 

Nós precisamos mostrar o nosso valor. Se não soubermos avaliar funcionalmente o nosso paciente, diagnosticando-os com as disfunções que NÓS podemos tratar, então, não passamos de seres não pensantes que apenas ligam e desligam aparelhos e que precisam então, de um encaminhamento com diagnóstico clínico e direcionamento médico! 

O Ato Médico foi aprovado pela câmara em votação de urgência e voltou para votação no senado. Vamos mostrar aos médicos que nós temos conhecimento para avaliar, diagnosticar e tratar o nosso paciente, porque fazer US, colocar gelo ou ligar o TENS, qualquer um pode ser treinado ou seguir um protocolo (não eficiente) escrito. Tanto que vemos massoterapeutas (não desmerecendo os massoterapeutas, mas isto não é de competência deles) e as vezes até recepcionistas (que não fizeram faculdade de fisioterapia) fazendo US e ligando o Infra Vermelho. 

Por isso nossa profissão é desvalorizada, pois nos deixamos ser facilmente substituíveis.

O nosso diferencial é o conhecimento para avaliar e tratar as disfunções do movimento !!



Estamos realizando a avaliação do nosso paciente tentando descobrir o que está causando seus sintomas, intervindo inclusive de forma a prevenir uma reincidiva?  

Se  não aplicamos isso na prática, não podemos esperar que ninguém nos valorize, pois realmente, ligar e desligar aparelhos baseado no diagnóstico que o médico mandou, qualquer um faz !!

Mas assim estamos enxugando gelo, tratando somente os sintomas. Por isso é normal encontrarmos pacientes que já realizaram mais de 70 sessões de tratamento e ainda continuam voltando com mais uma requisição para mais 10 sessões.


O que estamos fazendo para que o médico entenda que a nossa prática clínica complementa a prática médica e que não estamos tentando fazer diagnósticos médicos? 

Esse site explica melhor o ato médico: www.atomediconao.com.br/  

Vamos ler e ai sim, formar uma opinião. Temos que parar de repetir o que o nosso professor ou colega de profissão disse, sem ao menos pesquisar para saber do que realmente se trata!

Vamos começar a perguntar o porque, ao invés de aceitar uma afirmativa como correta !

Um passo crítico ao futuro profissional da fisioterapia é o desenvolvimento de categorias de diagnósticos.

A critical step for the future of the profession of physical therapy is the development of diagnostic categories.”

SHIRLEY A. SAHRMANN, Diagnosis by the Physical Therapist - A Prerequisite for Treatment.

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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Epicondilite Lateral - O que estamos fazendo ?

Há diferentes opiniões quanto à etiologia e o tipo de intervenção a adotar nos casos de epicondilite lateral do cotovelo.

Nirschl (1992) acreditava que a afecção é extra-articular na aponeurose dos tendões extensores e no espaço subaponeurótico triangular há a cirurgia para a liberação e o realinhamento das aponeuroses do extensor comum e do extensor radial curto do carpo, bem como a exploração do espaço subaponeurótico.

Mas inicialmente e principalmente mais frequentemente vamos pensar em tratamento conservador.

Osgood (1922) a sugestão de que a inflamação da bursa radioumeral seria a causa primária da afecção, enquanto Trethowan (1929) a correlacionou com a sinovite do cotovelo e Cyriax (1932) afirmou tratar-se de lesão do tendão do extensor radial curto do carpo, na sua origem no epicôndilo lateral, a causa da dor. 

Bosworth(1965) enfatizou que a inflamação ou fibrose do ligamento anular é a causa da epicondilite lateral, supondo que tais alterações seriam causadas pela repetida rotação de uma cabeça do rádio assimétrica. 

Já Garden (1961) responsabilizou a periostite traumática na origem do extensor radial curto do carpo, ocasionada por repetidas extensões do punho e supinação do antebraço como causa da epicondilite lateral do cotovelo.

Kaplan (1959) correlacionou a compressão dos ramos pericapsulares do nervo radial com os sintomas. 

Mulligan (1993) fala de uma falha posicional do complexo do cotovelo.

Há diferentes opiniões quanto à etiologia e a adotar nos casos de epicondilite lateral do cotovelo.


Devemos estar atentos a diagnósticos diferenciais que com freqüência podem ser confundidos com a epicondilite lateral: as instabilidades articulares crônicas, a síndrome do duplo esmagamento com a compressão do ramo motor profundo do nervo radial na arcada de Frohse, no músculo supinador.

O objetivo desse blog não é ensinar protocolos de tratamento, mas sim abrir horizontes, expondo outros tipos de tratamento evidenciados clinicamente.
O objetivo é apenas melhor embasar o fisioterapeuta, para que este possa avaliar e planejar melhor o protocolo que irá utilizar. Devemos ter um pensamento inicialmente ergonômico para evitar que algum fator desencadeador dificulte a evolução do tratamento. 

Entretanto, uma abordagem que utilizo e vi bastante eficaz, é a técnica da crochetagem, o mulligan (na posição em que o paciente apresenta o sintoma), a mobilização neural e exercícios de fortalecimento para essa musculatura. 

Sempre baseando-se nos achados na avaliação!

Eu estava lendo um outro blog - Manual Therapy Mentor (está nos links ao lado) que apresentou uma abordagem interessante de retreinamento de músculos específicos, estabilizadores locais e globais do cotovelo.
Essa abordagem é baseada nos princípios da Sahrmann de disfunções do movimento e de disfunções no controle motor.

Por exemplo: a dominância do músculo Extensor Radial Longo do Carpo (ERLC), sobre o Braquial e o Braquiorradial como flexor do cotovelo, sobrecarregando a inserção dos extensores comuns do punho, no epicôndilo lateral, podendo resultar em dor na flexão do cotovelo que pode levar diminuição da ADM do cotovelo. 



Estabilizadores Locais - 

Ancôneo (fibras profundas) - são ativadas durante a pronação, supinação e extensão do cotovelo, promovendo estabilidade as articulações ulnoumeral e radioumeral. 

Pronador Quadrado (fibras profundas) - está ativo durante a pronação e a supinação, sendo importante na estabilidade da articulação radioulnar distal. 


Supinador (fibras radiais e ulnares profundas) - está ativo durante a supinação e pronação, estabilizando a articulação radioulnar proximal e radioumeral .


Estabilizadores Globais (produzem estabilidade durante a AMD) - 


Braquial, Braquiorradial, Tríceps Braquial, Ancôneo (fibras superficiais), Supinador (fibras superficiais), Pronador Quadrado (fibras superficiais), Extensores e Flexores Ulnar do Carpo.


Ref.


http://www.manualtherapymentor.com/2010/05/25/when-manual-therapy-techniques-are-not-enough/ 

Sahrmann S. Diagnosis and treatment of movement impairment syndromes. St. Louis, Mo.; London: Mosby; 2002

Magee, D. J.; Avaliação Músculo esquelética. Manole:2005. 4 ed. São Paulo.


Artigos




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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Diagnóstico Médico - Síndrome do Impacto - Tendinopatia do Manguito Rotador - Tendinopatia da Porção Longa do Bíceps - Bursite Subacromial - Síndrome do Desfiladeiro Cervico-Torácico


Diagnóstico Fisioterapêutico - Síndrome de Rotação Inferior da Escápula


Todos os diagnósticos médicos acima podem ter a mesma causa, a incapacidade da escápula de realizar o movimento completo de rotação superior acompanhando o rítmo escapulo umeral durante os movimentos de ombro !!
  

 A mobilidade da articulação G.U é maior do que a da articulação Tóracoescapular, devido a isso, a diminuição do movimento da escápula, o úmero precisa rodar mais do que os normais 120º para chegar os 180º de flexão/elevação do ombro.

A rotação superior insuficiente da escápula provoca o impacto o ligamento coracoacromial. Essa situação agrava-se ainda mais quando os músculos que realizam a depressão do úmero não são capazes de neutralizar a tração superior gerada pelo Deltóide ou quando a rotação lateral do úmero é insuficiente. 

A possível origem da dor são os diversos tecidos moles que se localizam abaixo do processo acromial.

O processo pode evoluir para a instalação de patologias mais graves devido aos microtraumas repetidos, a não ser que a causa dos microtraumas seja eliminada (aumento da rotação superior da escápula/ aumento da rotação lateral do úmero/ aumento do controle dos depressores da cabeça umeral).

1.   Rupturas do tendão do Manguito Rotador (M.R)

A rotação superior insuficiente da escápula durante os movimentos do ombro gera movimentos compensatórios na articulação Glenoumeral (G.U), provocando microtraumas no tendão que podem evoluir para a ruptura do tendão do M.R. O paciente apresenta ampla mobilidade passiva a G.U e não consegue realizar a flexão ativa completa, devido a hipotrofia dos músculos do M.R e da postura de rotação inferior da escápula. O Teste Muscular Manual apresenta fraqueza dos rotadores laterais principalmente.

 2.   Subluxação do G.U / Instabilidade G.U

A limitação da rotação superior escapular associado a um grau extremo de mobilidade na art. G.U, predispõe o úmero a subluxação inferior.

3.   Dor Cervical (com ou sem irradiação para M.S)

Devido o posicionamento da escápula em rotação inferior, o M. Levantador da Escápula (que se insere no processo transverso das 4 primeiras cervicais) promove uma tração/rotação assimétrica das vértebras cervicais ou do plexo braquial (Fig. 2). O paciente pode apresentar sintomas neurovasculares e/ou dor no M. Levantador da Escápula devido sua distensão decorrente da postura alongada desse músculo. 

    4.   Dor na Art. Acrômio-Clavicular (A.C)

Quando o Serrátil Anterior não funciona adequadamente, o Trapézio parte descendente (fibras superiores) impõe uma sobrecarga anormal no acrômio e no terço lateral da clavícula na tentativa de colocar a escápula em rotação superior. Na presença de encurtamento/rigidez dos Rombóides, a resistência oposta ao Trapézio parte descendente, também aumenta a sobrecarga na articulação A.C 

Fig.1 Músculos que movimentam a escápula
Fig.2  Inserção do Peitoral Menor




   
















5.   Dor na Art. Esterno-Clavicular (E.C)

A articulação E.C. funciona como centro de rotação para os movimentos do ombro. Ela pode sofrer sobrecarga quando:
a)    Há um encurtamento do M. Peitoral Menor, que realiza uma inclinação anterior da escápula, deixando proeminente o ângulo inferior da escápula, limitando seus movimentos no ritmo escapuloumeral.
b)   O Trapézio parte descendente exerce uma tração muito forte na clavícula.
c)    O Serrátil Anterior não apresenta um bom desempenho
A articulação é geralmente dolorosa a palpação e responde com dor aos movimentos do ombro.

Possíveis causas da posição da escápula em Rotação Inferior:

O encurtamento dos Mm. Rombóide e Levantador da Escápula é capaz de reduzir a amplitude de movimento de abdução e da rotação superior da escápula.

O encurtamento do peitoral menor pode interferir na rotação superior da escápula, visto que ele provoca uma inclinação anterior da escápula.

O encurtamento do M. Supra Espinal e do Deltóide, coloca o úmero em repouso na posição de abdução (cotovelo afastado do tronco). Para evitar essa posição desconfortável, a escápula roda inferiormente para colocar o úmero em posição confortável na glenóide e junto ao tronco.

Testes de Confirmação :

- A rotação passiva superior da escápula quando realizada pelo fisioterapeuta, tende a reduzir os sintomas durante o movimento (semelhante a técnica do Mulligan - mobilização com movimento) - Teste tratamento

- A sustentação passiva da escápula no alinhamento correto tende a diminuir ou eliminar os sintomas na região cervical ou dos músculos dolorosos a palpação (que se mantém estirados na postura, em repouso, do paciente) além de melhorar a amplitude de movimento de rotação cervical. Um tape da escápula no alinhamento correto pode ser uada de maneira a posicionar o Trapézio e o Serrátil em posição encurtada (em relação a posição estirada em que ele se encontra) e mais favorável a recuperação e para responder melhor ao fortalecimento.

Tratamento:

Os principais músculos alongados/fracos compatíveis com essa síndrome: Serrátil Anterior e o Trapézio Parte Descendente 
- Trapézio parte Ascendente (fibras Inferiores) - pode ser encontrado fraco, devido a inclinação anterior da escápula mantida pelo Peitoral Menor.

Os músculos encurtados compatíveis com essa síndrome: Rombóides, Levantador da Escápula, Peitoral Menor 
- músculos possíveis de se encontrar encurtados: Grande Dorsal e os escápuloumerais: Deltóide e Supra Espinhal

  • Alongamento dos músculos encontrados encurtados na avaliação.
  • Encolhimento do ombro com os braços erguidos, fortalecimento do M. Trapézio parte Descendente (deve-se evitar a execução do movimento em posição anatômica, pois favorece a contração dos Rombóides e do Levantador da Escápula (rotador inferior da escápula)
  • Balanço Posterior (4 apoios) - realizar o movimento empurrando com as mãos, forçando a rotação superior da escápula e o fortalecimento do Serrátil Anterior, voltar a posição inicial mantendo a contração do Serrátil.
- O exercício de 4 apoios -  

Posição Inicial - 4 apoios
Contração do Serrátil Anterior
Balanço Posterior empurrando com as mãos para trás (mantendo a contração do Serrátil e contraindo o Trapézio)

Final do Movimento - forçando a Rotação Superior da Escápula - contraindo o Trapézio


Ref: Sahrmann S. Diagnosis and treatment of movement impairment syndromes.
St. Louis, Mo.; London: Mosby; 2002






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segunda-feira, 19 de julho de 2010

A Terapia Manual Ortopédica é uma área de especialização da Fisioterapia que trata distúrbios neuromúsculoesqueléticos com técnicas baseadas no raciocínio clínico, utilizando abordagens de tratamento altamente específicas a causa da lesão, buscando sempre a origem dos sintomas.

As abordagens incluiem técnicas manuais como manipulações/mobilizações articulares, técnicas miofasciais, mobilização neural, bandagens funcionais, crochetagem e exercícios de estabilização articular.


A Terapia Manual é conduzida pelos dados científicos disponíveis que recentemente vem crescendo e ainda muito baseado pelas evidências clínicas.






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Ft. Gabriel Basto Fernandes. Tecnologia do Blogger.